Casas FIC no Brasil

2- Uma experiência de pobreza e renúncia
em Itapira - SP

Em novembro de 1922, o bispo diocesano de Campinas D. Francisco Barreto, visita as Irmãs em Vila Rezende e faz um pedido à Madre Batista, dizendo que a diocese precisava de religiosas em Itapira. O trabalho a ser desenvolvido nessa cidade é de manter o Jardim de Infância, primário e aulas particulares de artes domésticas.

Padre Estevão, que também se achava em Piracicaba, apoiou o pedido e Madre Batista acedeu. Em fevereiro de 1923, enviou para lá, as Irmãs Geralda, Adolfina, Mansueta, Fortunata e uma professora leiga. Com a ajuda do povo, do vigário e do Prefeito, deram início a escola que recebeu o nome de Colégio Sagrado Coração de Jesus.

Apesar das dificuldades encontradas desde o princípio e da grande pobreza, as Irmãs estavam confiantes e esperançosas com a nova obra. Chegaram mesmo a começar um Internato.

No entanto, essas dificuldades, longe de desaparecerem, foram aumentando. Após três anos, ainda não possuíam casa própria e a situação se tornou insuportável. Viu-se que melhor seria deixar a obra que com tanto empenho haviam iniciado. Foi admirável a resignação de Madre Batista ao ser avisada de que as religiosas, em Itapira, estavam na contingência de deixarem a cidade. Os pais dos alunos insistiram para que as Irmãs, às quais dedicavam tanta afeição, não saíssem. Circunstâncias mais sérias, porém, forçavam tal deliberação e no dia 09 de dezembro de 1926, deixam definitivamente o Colégio. A despedida foi triste. Algumas pessoas amigas as acompanharam até a estação ferroviária.

Só na eternidade poderemos compreender porque não pudemos continuar em Itapira. Estamos certas, porém, de que os ensinamentos transmitidos, especialmente às crianças, dêem o seu fruto e permaneçam.

Antes de deixarem Itapira as Irmãs já haviam recebido o convite para se estabelecerem em Ribeirão Preto, o que fizeram saindo da cidade. Foi assim que nasceu o Colégio Santana em Ribeirão Preto.

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